WINGMAKERS CÂMARA 8

Câmara 8

Outra mente aberta

Houve um incêndio onde a fumaça se juntou

e dançou como rios sem gravidade

ao rufar dos tambores.

Às vezes eu olhava dentro da fumaça

mas ele se enrolou e se cobriu

com um manto tão opaco que eu só conseguia chorar.

Tornou-se a máscara de seu consumo.

O sonho de sua nova vida.

A pele vitoriosa sempre mudando

mas eterno.

Houve um incêndio ontem à noite

que proclamou a notícia de um novo testamento

que bebe lágrimas, mentiras, palavras vis, mesmo

os medos profundos que permanecem por baixo

o vira-casaca.

Eu geralmente me afasto quando ele chama.

Para mim, queima muito frio

como um skinwalker perdido em um corpo

devorado pelo tempo.

Às vezes eu sonhava vivo

e brilharia – um sol vibrante –

mais durável do que uma sepultura.

Em tempos de quietude

falaria como um codicilo de algum sonho sem tampa

que as palavras não puderam preservar.

“Chegou a hora de levantar o olhar

do brilho do fogo

e lance suas próprias sombras.”

As palavras ecoariam no esquecimento

como estrelas perdidas na onda do despertar do sol.

Nessas chamas eu vejo meu

consumo adequado e adequado.

Em sua fumaça

Estou guardado como tantos frascos

em um armário de vassouras.

Esperando para fugir.

Puxando meus pés para se oporem ao chão.

Lutando para alcançar a porta dentro desses frascos

de ar selado.

Histórias escapam da mão do escritor

e me perseguem como se eu fosse o único a vigiar.

Sua própria alma.

Quando na verdade essas histórias nunca foram contadas.

Eles nunca encontraram palavras

para segurar embora eles tentem incessantemente.

Incendeia a natureza cega.

Eles investem sua vida em sua morte.

Mas o fim está sempre começando

em direção a outro fim.

E os sonhos do incalculável

estão sempre perseguindo outra boca,

outra mão,

outra mente aberta.

Às vezes olho para a expressão errônea da esperança,

e pedir-lhe para trazer suas chamas mais fundo em meu coração.

Para queimar um claro senso de propósito.

Para queimar a fenda do tolo

e me envolve em sua pele de fumaça.

Às vezes eu me ofereço a essas chamas

e saiba que eles ouvem.

Criando meu mundo.

A realidade se aglutina em torno de sua elegância

como uma torre de vidro envolve uma concha de aço.

Às vezes eu sinto as chamas me enviarem

palavras, notas, tons.

Encantamento.

Produtos de outro tipo.

Pequenos cadinhos de terra que queimam tão brilhantemente

eles podem cegar as criaturas do sol de capricho.

E às vezes, sem nem pensar,

Eu espio essas chamas

quando a fumaça desaparece por um instante.

Lá, por trás da máscara,

é o meu futuro.

Nosso futuro.

O futuro.

O presente em outro mundo.

Chamando por outra boca,

outra mão,

outra mente aberta.

Anseio Saudade, quando as pálpebras se abrem sobre o estímulo mais profundo realizado por seus lábios e o beijo amoroso se torna minha órbita. Eu sofro e desejo ter você comigo tão perto que nossa pele se derreteria como dois pavios de vela compartilhando cera.Só sei que o que é da alma é de saudade e dor.Ele me entrega ao limite,o precipício onde eu olho para baixo e me vejo inextinguível,desejando ser consumido por você. E naquele lugar brilhante deixe-me esticar com seu coração a toda velocidade, cego e atento.Deixe-me habitar em você até que eu esteja tão familiarizado com a nossa uniãoque se torne parte dos meus olhos.Com a memória cheia,podemos imaginar em casa,na permanência da saudade. Tanto uma parte do outro que o “outro” não existe.

FONTE : QUEM SÃO OS WINGMAKERS https://www.oevento.pt/2018/09/20/wingmakers-a-historia-da-raca-central/

FONTE: ENTREVISTA : https://www.eurooscar.com/amz/amaluz87.htm

FONTE:WINGMAKE CÂMARA 08

https://www.wingmakers.us/wingmakersorig/www.wingmakers.com/arrow/chambers/poetry/poem8.shtml

About the author: Natan

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