PARA ACESSAR A ENERGIA DO 7 SENTINDO QUE DESPERTA A HABILIDADE DE VIAJAR NO TEMPO, É NECESSÁRIO CONTEMPLAR A IMAGEM, AS POESIAS E A MÚSICA DA CÂMARA
POESIAS
Câmara 10
Rio abaixo
Me abra.
Leve-me daqui para lá.
Deixe o vento soprar
meu cabelo e a pele da terra me tocam.
Abra-me como garrafas quebradas
que não suportam bebida
ainda se consideram dignos do homem do lixo.
Abra-me para os clãs dos quais eu broto.
São cores separadas, separadas
como memórias de embriaguez?
Abra-me para a África, Ásia, América, Austrália.
Abra-me como um pacote
de mistério deixado à sua porta
na doçura do riso.
Abra-me para a lente grosseiramente feita de amor
que grita ser de mãos humanas e lábios.
Abra-me ao olhar que conforta estranhos como a abertura terna de uma pomba de luto.
A sabedoria dos cavalos é minha
aproveitar?
É o músculo dos lobos
sem lei ou o curador de ovelhas?
É a opala negra do olho
o elo perdido que todos procuramos?
Abra-me para os autores deste caminho batido
e deixá-los saboreá-lo novamente.
Traga-lhes manchas dos rumores e podres
favela que espera rio abaixo.
Mostre-lhes o desperdício de seu relógio.
A virilidade rasa que extermina.
A ignomínia que excede o exame.
Abra-me aos ídolos dos ociosos.
Deixe-me olhar de boca aberta para os pastores
que transformam a inocência em medo.
É o plano do atirador para incivilizar
o pedaço de pele sem nervos
que cresce inflexível à dor?
Abra-me para as manchas
desta terra que o pecado original não pode explicar.
Deixe esses sintomas irem
como mortos, folhas amarelas se atrapalhando
em correntes rápidas e inocentes a jusante.
A jusante onde a favela
está na espera.
A jusante onde as lápides dos ídolos
estão semi-enterrados na chuva lamacenta.
A jusante onde os animais pegam
nunca são vistos.
A jusante onde
a lente do amor é limpa com tecido vermelho.
A jusante onde os pastores
pastorear seu rebanho e bater os tambores
prometendo um novo rio que nunca chega.
A jusante lá vive
uma parte de mim que está selada como um envelope de papel com fita grossa.
Ele observa o rio como o lado de baixo de uma ponte
esperando para cair se o selo for quebrado.
Para mergulhar na corrente quando estou aberto
por alguma mão implacável invisível.
A ser puxado a jusante
na gravidade de mil mentes
que simplesmente perdeu o rumo.
Mil mentes que torceram o rio
longe da doçura da terra
no poço da mina da ganância dos homens.
Assim deve ser.
Assim deve ser.
Abra-me para a bondade
da mão delicada de uma criança quando ela se estende para ser segurada.
Deixe-me confortar
quando minha ponte cai e as correntes rápidas e inocentes
me puxe para baixo
onde todas as coisas perdoadas estão perdidas.
Onde todas as coisas perdidas são perdoadas.
FONTE : QUEM SÃO OS WINGMAKERS https://www.oevento.pt/2018/09/20/wingmakers-a-historia-da-raca-central/
FONTE: ENTREVISTA : https://www.eurooscar.com/amz/amaluz87.htm
FONTE: WINGMAKER CÂMARA 10
https://www.wingmakers.us/wingmakersorig/www.wingmakers.com/arrow/chambers/poetry/poem10.shtml
FONTE:
O que é encontrado aqui
O que se encontra aqui
nunca pode ser formado de palavras.
Forças puras que se misturam sem comparação.
Como sonhos não ditos quando acordados
por uma luz triste.
O que se encontra aqui
pode mancar com um pé no meio-fio
e o outro na calçada
em alguma marcha irregular
esperando para ser escondido no riso.
O que se encontra aqui
pode abrir a rápida deriva de cortinas
realizada em ventos de montanha
quando longas sombras caem como júris
Da noite.
O que se encontra aqui
sempre pode ser realizada em olhos brilhantes.
Transformado pela ferramenta da paciência do silêncio.
Como sentimentos abrigados por tanto tempo
a visão estelar foi perdida.